Gerir as faltas que damos às aulas é uma tarefa pela qual todo e qualquer estudante universitário já passou.
Esta tarefa agrava-se se formos estudantes deslocados, e mais ainda, se, para além de deslocados, estamos numa faculdade onde as aulas teóricas não são opcionais, como na maioria das faculdades, e podemos dar apenas um número mínimo de faltas.
Na minha faculdade, temos um método ligeiramente diferente do das outras faculdades: não há dois semestres, mas sim três trimestres, e a organização das aulas e exames é também bastante diferente, coisas chatas que para aqui não são chamadas agora. Chamam-lhe eles um método revolucionário de ensino, algo nunca antes visto, blá blá blá. Para mim é só mais uma desculpa para me obrigarem a ir a aulas que, arrisco a dizer, 80% das vezes são absolutamente inúteis.
Pois bem, dizia eu que a tarefa de gerir faltas é muito complicada. E é.
Cada vez que é introduzida uma disciplina nova, é ver-me a contar as aulas, a sacar da máquina calculadora e a avaliar quantas vezes posso faltar e como posso distribuir essas faltas.
"Ora bem, nesta semana só tenho um dia de aulas, vou faltar".
"Portanto, neste dia, X faz anos e quer fazer um jantar, logo preciso de vir mais cedo, não vou a esta aula".
"Está a chegar o fim do ano, estou-me borrifando para aulas, simplesmente não vou".
Estes são alguns dos planos que eu passo a vida a fazer e a organizar na minha cabeça. Umas vezes resultam, outras vezes saem furados.
Para além disso, para além das X faltas injustificadas que podemos dar, ainda podemos sempre dar mais algumas, desde que justificadas. É ver-me a correr desenfreadamente de vez em quando para o Centro de Saúde a inventar doenças só para conseguir uma justificação (mas isto fica entre nós, que eu não quero que o meu segredo seja exposto).
Por isso, gente que ainda está no Secundário, escolham uma faculdade que tenha o curso que vocês querem mas que não vos obrigue a ir às aulas teóricas chatas às 8h da manhã.
Conselho de amiga.