terça-feira, 16 de abril de 2013

Ainda não foi desta...

... que se livram de mim! Ainda não estou de volta a sério, porque o meu belo computador, que tem dado muitos problemas ultimamente, desta vez pifou à séria. Pifado para um orçamento de, no mínimo, cem euros. Coisa pouca. Por isso, cá me vou entretendo com Sistema Nervoso, que também me tem dado cabo da cabeça, e basicamente é essa a minha vida. Nada de novo.


Por isso, e enquanto o meu computador não está de volta e de boa saúde, não ouvirão de mim, mas eu não me esqueço disto aqui.



Devido a comentários menos simpáticos noutros posts, informo também que, a partir de agora, os comentários passarão a ser moderados. Com isto quero dizer que toda e qualquer manifestação da vossa parte irá passar pelo crivo da minha razão e do meu poder como dona aqui do estaminé.



Até breve (espero)!



PS: Quem me quiser oferecer um computador, esteja à vontade, por favor. Isto é desesperante.

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Governo e as declarações

Após quatro dias de exclusão blogosférica (depois de uma avaria no computador que só reafirma o meu horror pela informática), estou de volta, ilustres leitores, para alegrar o vosso dia falando acerca das minhas inutilidades médicas.

Provavelmente já terão lido esta notícia. Ainda não estou no meio médico a exercer, e posso até nem entender verdadeiramente o que estas declarações implicam, mas gostaria que alguém me esclarecesse algumas dúvidas que pairam na minha cabeça. Especialmente porque eu, aluna do primeiro ano, longe de acabar o curso e muito menos de exercer, já fui presenteada algumas vezes com os referidos produtos dos senhores delegados de propaganda médica.

Em Dezembro fizemos dois estágios: um em hospital e outro nos centros de saúde. Não fizemos nada de jeito, basicamente andámos atrás dos médicos a ver como as coisas são feitas e como funcionam os "bastidores", etc e tal. Mas a verdade é que, várias vezes durante essas duas semanas, fui percebendo o que está por trás daquilo que nós achamos que é o dia-a-dia num centro de saúde/hospital. Assisti, por diversas vezes, a reuniões à hora de almoço, antes ou depois do serviço, com inúmeras personagens que, vim depois a saber, eram, nada mais nada menos, do que delegados de informação (ou propaganda, como queiram) médica. E a verdade é que também eu fui apanhada pela febre desses senhores: recebi lápis, blocos, marcadores e outros artigos de papelaria. E gostei.

A questão que eu aqui coloco é: será assim tão importante declarar o valor dos objectos recebidos? Não deveria o governo esforçar-se por, em vez de exigir a declaração dos valores, exigir a declaração do nome das farmacêuticas que nos "subornam" com estes bens? Porque, para mim, meus caros, o core da situação é esse mesmo. Sinceramente, acho um pouco ridículo declarar coisas que valem 10 ou 20 cêntimos, mas o motivo por detrás disso, esse sim, acho verdadeiramente importante ser declarado. Sei bem que isto não é possível, e politiquices e economias não são comigo, mas já ando neste mundo há 20 anos e, nos poucos meses de estudante de Medicina que levo, já consegui entender que a saúde é, acima de tudo, um negócio. Para os médicos, para os hospitais e, sobretudo, para as farmacêuticas, as malvadas. E como qualquer outro negócio, gira à volta de dinheiro, de promessas disto e daquilo. E não é muito difícil concluir que muitas das situações ocorridas no meio médico são movidas por outros interesses que não a saúde dos doentes. E é feio admitir, mas é a verdade. E não é o mais correcto para com os doentes, mas é a verdade também. E todo o ser humano gosta de receber presentes de vez em quando, e pode acontecer que acabe por se esquecer daquilo que é a verdadeiramente importante na sua profissão: colocar os doentes acima de tudo e sempre, em qualquer circunstância, atender ao que é melhor para eles, seja em termos de composição química de um medicamento propriamente dito, ou em termos do preço do mesmo, que muitas vezes é um impeditivo à sua compra. Valerá assim tanto a pena esquecer-se destas coisas tão importantes para receber não sei o quê?

Certamente que é muito apelativo mas... Será correcto?



sexta-feira, 22 de março de 2013

Rescaldo

Após uma semana intensiva de exames, está na altura de fazer um balanço daquela que foi, até hoje, a semana mais intensiva da minha vida. Foram horas seguidas de estudo todos os dias, no mínimo 12, noites mal dormidas e muito, muito stress. Assim, ficam aqui algumas recomendações para quem, como eu, se aventurou num curso que tem mais areia do que a nossa camioneta consegue aguentar. Algumas consegui cumprir, outras nem por isso.

1) Realizar actividades e pausas anti-stress -  Com tão pouco tempo disponível e matéria que nunca mais acaba, é importante ir fazendo umas pausas de vez em quando para descomprimir um pouco. No meu caso, as minha actividades resumiram-se a fazer limpeza. Sim, leram bem. Volta e meia, quando já não conseguia ler nem mais uma palavra, sacava uma de dona-de-casa e aqui vou eu: uma esfregadela aqui, uma limpeza rápida de pó, estender umas roupas (no estendal por baixo da minha janela, o que serviu também para apanhar algum ar na cara), entre outros.

2) Sair de casa uma vez por dia - Segunda-feira tive exame logo pela manhãzinha. Cheguei a casa à hora de almoço e só voltei a sair quarta-feira à tarde. Má escolha. Achei que ia dar em tolinha. Assim, na quinta não me armei em esperta, e à hora de almoço, fui à mercearia do outro lado da rua só para saber o que era não hibernar durante tanto tempo seguido.

3) Comer em condições - Este foi, talvez, o ponto mais crítico da semana. As minhas refeições são sempre relativamente saudáveis. Como sempre sopa e comida normal. O problema está na espaço entre as grandes refeições. Enfardei tanta porcaria que até dói só de pensar. A saber: aniquilei um frasco inteiro de Bocadelia de frango; para juntar à Bocadelia, claro está, pãozinho. Um pacote inteiro de pão de forma, ainda por cima daquele branco, sem côdea, com a farinha mais refinada que existe e sem uma grama de fibra; Sobremesas doces: todas as santas refeições eu comi doces! Pudins, panacotas do Continente, bolachas, o que vocês pensarem, eu comi tudo. Só não tinha guloseimas cá no armário, senão também iam num instante. Mas fui forte e resisti a comprá-las (*clap clap*). Depois desta semana dieteticamente destrutiva acho que vou ter que fazer uma dieta Detox para a semana. E acho também que vou esconder a balança durante, pelo menos, duas semanas.

4) Não abusar do café - Já fui mais pessoa de café. Entretanto enjoei, mas o meu corpo continua cafeino-dependente, e eu tenho o dever de o alimentar. Assim, ultimamente tenho-me vingado na Tofina, a mistura perfeita cevada com cafeína. Perdi a conta à quantidade de canecas que bebi esta semana.

5) Dormir as horas suficientes - Esta semana tentei sempre dormir as 8h estipuladas pelos deuses do sono. O problema é que o meu cérebro, em vez de desligar quando eu quero dormir, fica activo e aos saltos, a tentar rever 1001 coisas estudadas durante o dia. Eu bem tento esvaziar a minha mente, mas é humanamente impossível. Esta noite dei por mim a falar durante o sono. E o que dizia eu? Pois bem, recitei todas as artérias e mais algumas que tinha que saber. E dei por mim também a sonhar com músculos, com nervos, com regiões cervicais e outros que tais.

6) Manter a calma - Este ponto nem merece discussão porque, enfim, quem por cá já passou sabe o que é e sabe como é impossível manter a calma e a sanidade mental. Acho que só me faltou trepar paredes, mas pronto.

7) Ligar à mãe antes dos exames - Mãe, obrigada por me teres aturado esta semana inteira. A minha mãe, que, como aqui já referi, é a melhor mãe do mundo, esta semana deve ter sofrido ainda mais do que eu. Liguei-lhe tantas, mas tantas vezes a chateá-la, a incomodá-la durante o horário trabalho (e durante a qual está expressamente proibida de usar o telemóvel), enquanto dormia e até enquanto jantava ou tomava banho na paz do Senhor. E sempre para dizer a mesma coisa. Acho que ela se deve ter cansado tanto que me aturar que merece, na próxima semana, que a recompense por tudo o que passou. Mãe sofre...

Para os mais novos, se é que os há, que lêem isto, SIGAM ESTAS RECOMENDAÇÕES À RISCA, podem salvar a vossa vida (a sério).

Posto isto, acho que vou dormir. Dormir como se não houvesse amanhã. Dormir como quem está de FÉRIAS!!!

Bom fim-de-semana!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Semana Académica

A Associação Académica cá do monte resolveu marcar a Semana Académica (vulgo Queima) para esta semana, o que coincide, como já repararam, com a semana de exames finais de Medicina. 

Como forma de protesto, os estudantes de Medicina resolveram vestir-se de negro (eu não, primeiro porque não trouxe roupa preta, segundo porque está muito calor e eu não sou masoquista). Na vinda para casa depois do exame deparei-me com capas negras estendidas à janela e várias mensagens de protesto, entre as quais uma, a que mais achei piada, que dizia "Xiu! Aqui estuda-se. PS: Obrigada colegas."

A festança começa hoje, precisamente num pavilhão que é na rua onde moram 90% dos estudantes de Medicina, eu incluída. Vai ser bonito.

Quanto a mim, já fui ali ao Continente comprar tampões para os ouvidos. Dizem que até nem se ouve muito, mas sempre é melhor prevenir do que remediar. Neste momento estou com um aspecto muito engraçado, com duas bolas verde e rosa fluorescentes a sair das orelhas. Era quem me visse assim.

Agora vou preparar-me para a derradeira prova: Anatomia!

Na sexta há FIESTA!

terça-feira, 19 de março de 2013

Metade já está!

Pois que o estudo vai bem, obrigada. Dois já estão mas ainda faltam mais dois que equivalem a 3047 dos que fiz ontem.

Agora é que vão ser elas!