Não dei notícias, claramente não sobrevivi. E é tudo o que digo sobre o assunto; definitivamente o cenário encontra-se neeeeegro, meus amigos.
Adiante, que hoje não estou para conversa fiada.
Tal como vos tinha prometido, e porque os deuses dos blogues assim mo ordenaram, está na altura de tornar este espaço mais apetecível e apetecido. Assim, iniciemos a minha nova crónica! Afinal, intitulei o meu blogue de "Crónicas de uma estudante de medicina deslocada", pelo que faz todo o sentido que elas sejam o destaque, até porque é aquilo que me apraz escrever, e espero que vossas excelências também gostem. Ora então, continuemos a saga.
Coisas que gosto em ser estudante deslocada #1:
Conhecer uma cidade nova
Antes de começarmos a discutir este assunto, vamos lá por os pontos nos is: a minha cidade, o Porto, é a melhor cidade do mundo, e não há volta a dar. Ponto final.
Ainda assim, descobrir uma cidade nova quando se vai estudar para fora é sempre uma experiência interessante e enriquecedora. Os primeiros dias são sempre complicados, como é óbvio. Nunca tinha estado fora, e portanto passar a viver a 265km de casa, numa cidade desconhecida, longe dos pais e de tudo o que conheço, claramente foi uma situação complicada. Assim assim, isto tem as suas vantagens. De repente apanhei-me numa cidade nova onde as pessoas dizem "piuto" em vez de "puto" e percebi que o nosso país não é assim tão pequeno, e uma viagem de apenas duas horas parece que nos leva para um planeta diferente. Obviamente, conhecer uma cidade nova é como ir de férias, há sempre alguma coisa para descobrir, um local para visitar, novos amigos para conhecer e, principalmente, festarolas para ir.
Posso comer o que me apetecer
Ora, como bom garfo que sou, a coisa que mais me entusiasmou foi poder ir ali ao Continente e comprar toda a comida que me deu na gana. Ele é chocolates, ele é bolachas, sumos até agora desconhecidos, patés maravilhosos, os mais variados tipos de pão e outros pitéus que tal. Claramente isto só aconteceu no primeiro mês, já que cheguei ao fim do mês com a conta bancária a zeros e a ter que ir pedinchar por um pedaço de pão à vizinha do lado. Desgraças à parte, realmente é engraçado poder ter esse tipo de liberdade, se bem que preferiria continuar em casa e comer o belo do lombo assado da minha mãe em vez da massa com atum (note-se, porém, que eu até sou pessoa de cozinhar, e bem!, mas realmente cozinhar só para mim, e ter aquele trabalho todo para desfrutar sozinha, é coisa que não me assiste).
Não ter horários
A verdade é que já não tinha muitos horários quando estava em casa, até porque os meus pais são pessoas liberais e super mega espectaculares (obrigada papás!!!) e nunca foram gente de impingir horário para chegar a casa (se bem que é sempre preciso um bocado de respeito com as horas quando o Pai está em casa, senão no dia seguinte ele olha-nos com aquele olhar reprovador de "Eu sei a que horas chegaste ontem à noite"). Outra verdade ainda é que, aqui onde estou, não tenho muito o hábito de sair. Não sei se terá sido porque ainda não fiz aqueles graaaandes amigos para todo o sempre, ou porque passo a vida a estudar e chega aí às dez da noite e só me apetece mas é ir chonar. Ainda assim, satisfaz-me saber que, neste momento, se me apetecesse, podia sair para o meio da rua e passar a noite a vadiar que ninguém teria nada a ver com isso. Mesmo assim, não o faço, claro está, que eu até sou uma pessoa decente e bem comportada.
Tinha aqui pano para mangas, mas as horas passam depressa e amanhã as aulas não começam mais tarde por minha causa, se bem que deviam, devido à importância da minha pessoa. Malvados. Adiante.
Relembrar que: PARA A SEMANA HÁ FÉRIAS!!! Tecnicamente, não são férias férias, é apenas uma extensão do tempo para estudar, porque férias... Ahhhh férias, essas só as vês quando acabar o ano, e não digas que vais daqui! Tristeza de vida. Pequenos leitores, quando chegar a altura de escolher o vosso destino: não vão para a medicina. Tenho dito.
Até um dia destes.
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