domingo, 8 de setembro de 2013

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E o que mais custa não é voltar, é ver todos aqueles que não voltam comigo.

Não custa voltar à rotina de faz mala, desfaz mala, corre para aqui e para ali; custa sim ver todos aqueles que, finalmente, atingiram o seu sonho e nos deixam, assim sem aviso, sem notificação prévia, sem acção de despejo, sem 30 dias de avanço, para nos prepararmos que agora vamos enfrentar este ano sem aqueles que nos eram mais próximos.

A todos os que se vão e me deixam, sabendo que, mais um ano, não atingi o meu objectivo, fiquem sabendo que, sem os poucos de vós que me eram mesmo próximos, a coisa não vai ser a mesma! E que sejam felizes onde eu ainda não fui. Este ano perdi 30 de vocês.

E agora vou só até à Covilhã mais um ano...

sábado, 7 de setembro de 2013

Há coisas que doem...

Nota do último colocado este ano na FMUP: 18,1 valores;

Nota do última colocado este ano no ICBAS: 18,08 valores;

Nota que eu tinha quando fui colocada no monte: 18,2;

Ah f*da-se...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Que m*rda é esta, karma???

Eu pedi, eu implorei, eu rezei e fiz uma macumba, mas ninguém me quis ouvir, ou então acham muito engraçado gozar com a minha cara e fazer-me sofrer SEMPRE na última semana de férias.

Ia eu hoje, descansadinha da vida, apanhar um comboio em Campanhã para passar um rico dia quando, não sei bem como nem porquê, as escadas rolantes resolveram atacar-me. Tropecei duas vezes e fiz uma sucessão de quatro cambalhotas à retaguarda seguidas, e só parei no fundo das escadas com um mar de gente à minha volta aos gritos e a chamar pelo INEM.

Resultado: parece que fui atacada por um urso, tenho as impressões digitais (leia-se riscas) das escadas tatuadas no corpo todo, acho que o ombro foi efectivamente deslocado desta vez, e o estado das minhas pernas é tão lastimável que me recuso nos próximos dias a ir para a praia.

OBRIGADINHA,  A SÉRIO, MUITO MUITO OBRIGADA.

Vou fazer o que me sugeriram no último post e declarar o estatuto de deficiente, física e especialmente mental. Dá regalias para entrar na faculdade! Assim pode ser que consiga sair do monte e viva os anos vindouros em paz.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Maleitas

Quando fui para a Universidade pela primeira vez, faz agora 4 anos, tinha sido submetida a duas cirurgias durante o Verão. Cheguei à faculdade e causei logo boa impressão: parecia uma grávida de 25 meses e a minha locomoção estava gravemente diminuída. Para além disso, andava de calças de fato-de-treino altamente inestéticas, o que foi fantástico para a minha reputação.

Quando mudei de curso e de faculdade, pensei "Desta vez não vou fazer figura de ursa e vou causar a melhor impressão possível". Uma semana antes de começarem as aulas parti um dedo do pé. Fui para o monte de muletas e com um dedo com uma tala, transpirando beleza por todo o lado, logicamente. Uma vez que era muito difícil subir e descer o monte com tais adereços, no segundo dia livrei-me das muletas, então andei um mês a mancar e a cambalear, o que, como é óbvio, me tornou a miúda mais fixe da faculdade. Todos queriam a companhia da croma manca com uma batata no pé. Ou não.

Hoje pensei que tinha deslocado um ombro na natação quando um senhor, em contramão e com um péssimo sentido de orientação, quase me arrancou um braço.

Senhores das maleitas, se é que existem, POR FAVOR deixem-me começar este ano lectivo em paz!

Muito agradecida.

The Final Countdown

Daqui a uns dias estou de volta àquela que, não sendo a minha segunda casa, o é, na verdade. Por isso, nestes últimos dias tenho tentado, de forma desesperada e sôfrega, agarrar-me a todos os segundos que posso aproveitar, como se a minha vida dependesse disso e nada mais fizesse sentido.

Estas férias passaram depressa. Depressa demais. Deixo tanto por fazer, tanto por ver, tantos filmes para ver e livros por ler. Deixo novamente os meus amigos sem cumprir todos os jantares prometidos, deixo a minha praia e o meu quarto, que nas últimas horas fica cada vez mais confortável.

À medida que o tempo passa só fica mais difícil sair mais um domingo à noite de casa e saber que só se volta na quinta ou sexta-feira a seguir. 

E depois começamos a pensar em todas as coisas que vamos perder nas próximas semanas: Amiga X faz anos dia 23 - não estou cá; Amigos vão fazer jantar de ano na primeira semana de aulas - não estou cá; Mãe vai à consulta de neurocirurgia - quero ir, mas não estou cá; Avó vai fazer uma cirurgia - não estou cá. Concerto no coliseu em Novembro - não estou cá. EU faço anos e não sei se estarei cá...

E estas coisas pesam. Não tanto pelo estar fora, mas por saber aquilo que estou a perder. E eu sei que devia mudar a atitude, pensar que é uma oportunidade, é o futuro, mas não dá.

Tento pensar que o tempo passa depressa, e passa, que o próximo fim-de-semana vai chegar rápido, que vai. Mas aí chegamos à conclusão que o tempo passa depressa demais, e que aquilo que queremos aproveitar rapidamente desaparece e dá lugar a mais responsabilidades e a mais uma semana de trabalho árduo.

Às vezes penso se vale a pena o esforço, se não teria sido melhor ter ficado em Medicina Dentária, na paz dos anjos. A ambição é lixada... Quero pensar que vale a pena.